1.23.2007

Prioridades

Há duas semanas atrás, houve três ou quatro dias de primeiras páginas a propósito de um jogador de futebol apanhado numa operação stop.

Soube hoje, passadas duas semanas, que pela mesma altura aconteceu isto, na minha modesta opinião mais grave e que me lembre não teve primeiras páginas.

O atropelamento ocorreu fez no domingo oito dias, na Margem Sul do Tejo, e o agente, que conduzia um Audi A6 - alegadamente sem seguro e com falta de inspecção -, fez uma ultrapassagem pela direita atingindo o músico Nuno Flores que mudava um pneu na berma da estrada. Com o agente, que tem cerca de 30 anos, vinham duas jovens que acabaram por ser testemunhas do brutal acidente. Nuno Flores foi projectado a cerca de 15 metros devido à violência do embate. O agente da investigação criminal, no entanto, não terá parado a viatura e largou as duas companheiras já em Lisboa.


Ora um acontecimento que junta: Um polícia, uma ultrapassagem pela direita, um carro sem seguro e sem inspecção, um atropelamento e fuga, (por esta última presumo que também não viesse muito sóbrio), só é notícia passado 15 dias há qualquer coisa que não bate certo.

Não sei porquê esta história fez-me lembrar o caso de um amigo meu, que teve que ir a tribunal, também por uma questão de trânsito, em que o agente responsável pela detenção, tentando demonstrar alguma compreensão, declara:

- Eu também já fui cidadão e sei como são estas coisas...

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