Alguém me explica isto.
As instituições religiosas, do Estado e de utilidade pública que se encontrem a funcionar em edifícios classificados como de interesse público ou municipal vão continuar isentas do pagamento do imposto municipal sobre imóveis (IMI), confirmou o DN junto do Ministério das Finanças. Apesar de o fim da isenção estar prevista no Orçamento do Estado de 2007, o pagamento dos impostos sobre o património irá incidir, principalmente, sobre os particulares que sejam donos de edifícios classificados.
Como é que um país em dificuldade financeiras, em que qualquer um de nós cada vez que se mexe já está a pagar, se dá ao luxo de isentar de IMI a entidade que deve ser, a seguir ao estado, quem possui a maior carteira imobiliária do país.
Na minha ignorância vejo várias hipóteses:
1. Não precisamos do dinheiro (possibilidade que diariamente é desmentida pelos nossos governantes e respectivos opositores);
2. A igreja católica é um dos motores da nossa economia e nessa qualidade justificam-se os benefícios fiscais (esta também não pega, não me parece que sejam grandes empregadores e também não vejo de que forma possam aumentar as nossas exportações);
3. O estado até pode ser laico, mas há quem não seja...
O que concluo é que realmente os lobbies funcionam (opus deis e quejandos), e que há coisas em que pelos vistos não se pode mexer mesmo que seja à custa de onerar a saúde, a educação, etc... e não deve ser só medo do juízo final...
3 comentários:
Tu próprio é que dizes que essa gente da igreja é toda igual... Os nossos governos são muito tementes a Deuze!
A Igreja pode não ser um motor da economia, mas pode estar certo que a sua acção social é cada vez mais importante. Em muitos casos, a Igreja tem-se substituído ao Estado no apoio a populações carenciadas e grupos de risco.
Não estou certo que a palavra "substituído" seja a mais correcta, tanto quanto sei a maioria das instituições ligadas à igreja que desempenham essas funções são suportadas pela Segurança Social.
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