10.26.2006

Este país também dava um filme

Na edição online do JN de ontem estão dois artigos sobre o caso do Ivan e do Simion (este e este).
Aparentemente não são uns tipos particularmente simpáticos e segundo a advogada deles estão na "solitária" à uma quantidade de tempo.

Parece-me a mim que a resposta a estas acusações deveria ser dada pela instituição que é responsável pela sua estadia no nosso sistema prisional, supostamente a DGSP (Direcção Geral dos Serviços Prisionais). Parece que não.
Afinal quem vem responder às acusações da advogada dos dois reclusos é o sindicato da guarda, o que me deixou logo de pé atrás... Uma organização corporativa que vem defender a corporação antes que esta seja acusada. Hum...
E que diz que os reclusos neste regime até têm direito a "pequeno-almoço, almoço, jantar e reforço" (calculo que o reforço seja o leitinho à noite quando lhes vão aconchegar os cobertores).

Já que fiquei na dúvida fui ler o segundo artigo e no fim deste o presidente da Associação Contra a Exclusão pelo Desenvolvimento (aceito que não seja a voz mais imparcial) é citado com uma frase que de tão simples parece verdadeira:
"Sabem que não vão ser julgados e que têm de aguentar até que lá chegue alguém que lhes diga que já podem ir embora".

Ou seja, dentro da prisão mandam os que lá estão...

Ora esta coisa fez-me recordar alguns filmes, nomeadamente um muito do agrado do público feminino lá de casa. Não digo que o Ivan e o Simion sejam o Tim Robbins e o Morgan Freeman, mas ao contrário desta a história do Stephen King estava bem contada.

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